terça-feira, 14 de junho de 2011

COM UMA MOCHILA NAS COSTAS...

Conforme vamos crescendo, amadurecendo, nos tornando adultos, vamos percebendo o quanto perdemos enquanto seres humanos (nem todos percebem). A vida é sempre corrida, nossos amigos não estão todos os dias conosco, não paramos mais no meio da rua sentamos no chão e damos risadas infinitas, temos preguiça de pegar um dia do final de semana para falar sobre o tudo e sobre o nada.
Eu tive que aprender bem cedo e, digo cedo mesmo, que as coisas não serão do jeito que eu sempre quis, que nem tudo eu irei conquistar, que eu não tenho as melhores palavras, melhores ideias, que a minha mãe não cozinha melhor que todo o mundo (e olha que ela cozinha bem)... Desde cedo eu tive que perceber sozinha o peso do mundo, e ele é pesado, e dói nas suas costas... Muito cedo eu precisei arrumar uma mochila e sair de casa. Como costumo dizer não por opção, mas porque não me deram outra alternativa senão essa.
Diante de todos esses contras, consigo enxergar prós que, poucos de tenham a minha pouca idade enxergariam... Claro que não me vanglorio pela falta das baladas, pelo conforto, comodidade, pelo salário que não é só meu e para mim, tudo isso me faz uma baita falta. O que me refiro é que amadurecendo, tive que resgatar a criança que há em mim, para me ver sã em muitas situações. Ganhei a liberdade que eu sempre quis e, sabe o que muitas vezes eu faço com ela? Deixo-a quietinha, descansando em casa. Hoje eu valorizo pai, mãe e irmãos do jeito que eles me são, não posso mudá-los e preciso conviver com suas insanidades. Não são loucuras ou sandices que me afastarão deles ou que excluirão da família.
Hoje como adulta formada, mudada como muitos me comentam eu sei o que é viver e como dói viver. Espero somente que continue tendo os sonhos de criança, menina boba, para enxergar as maravilhas do mundo, a beleza do outro e a excelência da minha existência...

Como disse Cazuza: - Morrer não dói!

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