Jantar entre amigos

ENCONTRO NO BAR ENTRE AMIGOS - ERNEST DESCALS

Ainda que eu lute contra os dias de hoje, os domingos teimam em ser difíceis. Mais ainda quando eu não consigo comer direito, extraio dois dentes do juízo, meus familiares estão doentes e vejo algumas coisas por fazer.

Bom, depois de uma virada de 360° no tempo, hoje eu levantei, arrumei minha casa, tomei aquele banho e fui para a casa dos meus pais, meus amores verdadeiros - http://pensamentosbypalavras.blogspot.com.br/2011/07/amor-verdadeiro.html. Lá eu assisti o Wall E com minha irmã e cunhado. Almoçamos (eu consegui comer, foi ótimo!) e depois eu fui deitar. Dormi um pouco, mas como lá tem alguns canais que não tem cá, um filme com o título "Jantar entre amigos" (http://www.adorocinema.com/filmes/filme-178558/), me chamou muito atenção. Conta sobre dois casais amigos, onde um dos, resolvem se separar, tomar um novo rumo na vida por N motivos. Esses são legítimos, mas superáveis se realmente fosse a vontade continuar nesse relacionamento.

Depois de um tempo, volta a história do começo desse relacionamento do casal que estavam rompendo e, me vi afirmando algumas coisas que inicialmente julgamos clichês, mas que fazem a diferença ao decorrer do tempo. Esse canal, COMEÇOU ERRADO! "Empurrados" por uma situação, carência, necessidade... o relacionamento continuou dessa mesma forma, seguindo um rumo "natural", ou seja, filhos, jantar com amigos, viagens nas férias, mas com pouco companheirismo, conversa entre o casal... Enfim! Explicação legítima para um término.

Diferente acontece com o outro casal. Escolheram viver juntos, compartilhar momentos juntos, sabendo que dificuldades tanto cotidianas, quanto genéticas apareceriam. Prometeram que engordariam juntos, que superariam a menopausa, a reposição hormonal, as visitas ao médico e farmácias juntos. Sabiam que criariam seus filhos juntos, mesmo com tudo o que o outro tivesse de erros, de dificuldades.... Porque um relacionamento é isso, não uma relação de posse, mas um querer estar, é dizer SIM para o bom, mas também para o ruim, é CONVICÇÃO, que infelizmente poucos têm ou fogem disso. A questão sexual posta no filme revela o passar dos anos com os relacionamentos, porque é óbvio que o seu apetite ou disposição sexual não é a mesma 30 anos depois, mas que há RELAÇÕES que não suprem, mas correlaciona essa questão, como o companheirismo, a conversa, o toque, o estar junto....!

Certo, longe de mim dar uma de moralista, afinal não sou exemplo de relacionamento para ninguém! Chame-me inclusive de antiquada se quiser, mas sabe, eu acredito nesse tipo de relacionamento e, talvez por isso que ainda não tinha tido sucesso nesse negócio... É difícil conviver com esses paradoxos e contradições, pois ao mesmo tempo que quero algo tão TRADICIONAL e CLÁSSICO, não consigo conviver sem um bom argumento, não me vejo sem ser essa mulher do século XXI, independente e, acima de tudo... ME DÁ ASCO SÓ DE PENSAR EM TIRAREM MINHA LIBERDADE!

Voltando ao título eu concluo, como venho fazendo inferências de tudo que vejo e/ou convivo... Preferi hoje pensar que gosto dos domingos, eles me inspiram, me assustam às vezes, mas me inspiram... Me acalmam, mesmo depois de um surto de desespero... Porque posso parar de pensar em tudo isso: relações que dão certo ou não, filmes de histórias de amor ou terror e fico somente com o meu domingo.... Que aliás, serviu para marcar um jantar com os amigos... 

Porque melhor que um domingo, só uma sexta-feira em um jantar entre amigos!!!

BOA SEMANA!!!