terça-feira, 6 de novembro de 2012

1ª vez #luto

 
 
Depois de chegar de um feriado maravilhoso, onde fui banhar-me nas águas quentes de Caldas Novas com meus alunos lindos do Cólégio onde trabalho, cheguei na casa dos meus pais e descobri que seria a motorista de minha querida mãe.
 
Meio a contra gosto, porque estava muito cansada, eu fui... Era uma via sacra que incluía de compromissos bancários, feira, supermercado, dentista e algo inusitado... UM VELÓRIO!
 
Como estou mais receptiva a esses assuntos de morte, depois de perder minha vó, um tio, quase a minha irmã e principalmente, depois de assistir o filme A PARTIDA ( veja mais em http://www.adorocinema.com/filmes/filme-142464/ ), aceitei de boa, mas depois veio a fala:
 
- É da filhinha da minha amiga. Morreu com 4 meses.
 
Ai meu Deus - pensei. Será que consigo ir em um velório de criança???
Na verdade,  já tive outras perdas de crianças em minha vida.
Uma filha de uma colega muito querida, uma aluna da escola, um afilhado, que nem sequer teve a sorte de ser gerado, enfim... Entre esses, mesmo com a oportunidade e convite de comparecer a esses rituais de despedida infantil, o destino me proporcionava o distanciamento. Não entendia o porquê!
 
Ontem ao entrar naquela sala pequena, mas cheia de gente, com um caixão tão pequenino, entendi um pouco...
Eu precisa me preparar, ganhar mais maturidade de vida, de esperança, de confiança em minha fé.
Eu entendi a promessa de Deus na vida daquela criança e de seus pais e irmãs.
Entendi como Deus, mesmo com a dor nos dá o melhor.
Entendi que amor de pai e mãe é imortal.
Entendi que quando se tem família, tem algo precioso, mas acima de tudo,
entendi que quando se tem Deus, tem TUDO!
 
Óbvio, os pais choravam..., mas agradeciam a oportunidade de terem vivido tão pouco, mas tão intensamente com aquele ser de nome, sobrenome e consciência.
 
Eu também chorei. Uma hora me senti mãe, outra hora filha, depois irmã, por fim, eu mesma... Entendi que a minha 1ª vez em um velório infantil, depois da contribuição sensível do filme A PARTIDA, que me permitiram tocar, sentir o frio daquele corpinho, me tornaram ainda mais humana.
 
Engraçado... A sensação que deveria ter sido para mim de maior experiência, a super viagem ao Centro-Oeste, foi ofuscada pelo brilho da sensação de sentir-me viva e tocada pelo amor de Deus aqui nessa terra.
 
 

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