Não,
esse não é um espaço informativo sobre patologias!
Mas,
para que eu possa continuar as inferências sobre o título dessa publicação, é
importante esclarecer brevemente o que significa o MUTISMO SELETIVO:
Falamos
de “Mutismo Seletivo” quando uma criança evita a interação através da linguagem
falada ou de compartilhar de algumas atividades sociais não familiares (seguras
para ela) em diferentes contextos, devido ao fato de experimentar uma grande
ansiedade, mas que possui desenvolvimento e amadurecimento de suas habilidades
de linguagem e aprendizagem normais, as quais se fazem evidentes em ambientes
onde a criança se sente cômoda e segura de seu entorno e daqueles com os que
compartilha, comumente os pais, irmãos e familiars mais próximos.
A
esta limitação de comunicar-se e segundo as circunstâncias, de participar
socialmente por excessivo temor-ansiedade em diversos contextos sociais se
conhece por Mutismo Seletivo, justamente por caracterizar-se pela ausência da
fala em tais situações com respeito àquelas pessoas que não sejam de inteira
confiança e intimidade da criança. Quando seja estabelecida uma relação de
confiança e familiaridade-simpatia da criança com estas pessoas, com outras
crianças companheiras de escola, professores, outros familiares, haverá uma
interação e a comunicação se dará de forma cada vez menos “tímida”, mas sem
fazer o uso da linguagem falada. (In: http://mutismoseletivo.org/index.php/category/mutismo-seletivo/o-que-e-mutismo-seletivo/page/5/)
Depois
de ler um pouco essa referência de site comecei a entender um pouco melhor.
Mas, pense você enquanto coordenadora pedagógica tendo que lidar e ajudar
professoras que pouco entendem sobre o assunto?
É
desesperador ver a vontade que nosso aluno tem em falar, mas não consegue por
algum motivo. Do mesmo modo em ver as mil maneiras de se trabalhar pedagogicamente,
com poucos resultados, porque ele ainda não é alfabetizado e não consegue
registrar em palavras o que entendeu. Felizmente, nem sempre os casos de
mutismo seletivo estão ligados a choques psicológicos sofridos em ambientes que
ele se recusa a falar, nesse caso, na escola.
Durante
esse ano de 2012 tive que aprender a conviver com crianças de muitas
dificuldades e patologias diferentes dentro do ambiente escolar. Casos como
síndrome de Down e Autismo, me parecem até “normais” (v. em http://pensamentosbypalavras.blogspot.com.br/2012/10/conhecimento-x-sabedoria.html),
em relação ao M.S.
Não
bastasse esse caso, dentro do Colégio, onde até então, não reconhecemos as
origens dessa ansiedade excessiva, ainda me contam de outro caso. O grande
problema é saber exatamente a origem da doença dessa criança. Uma mãe que
abandona o filho com o pai e muda-se para outra cidade, faz com que a criança
não encontre segurança em dialogar com demais pessoas da sociedade.
Costumo
dizer que existem algumas mães madrastas! Não sou mãe ainda, mas peço muito à
Deus que quando for, não me afaste involuntária, quanto menos voluntariamente
de meu filho.
Não
quero com essa publicação apontar culpa, aliás essa, só é sentida se realmente
a pessoa percebe que fez algo de errado. Quero somente apontar que sendo
filhos, mães, amigos, parentes, nossas atitudes podem atingir diretamente
outras pessoas que estão ligadas à nós. Serve também para ensinar além do que é
o mutismo seletivo, o significado da palavra ALTRUÍSMO! Que consiste básica e
singelamente no princípio de não fazer com os outros aquilo que não quer que
seja feito com você.
Venho
acreditando e pregando, meus amigos, que o mundo é uma bola que rebola lá no
céu. E que a qualquer momento, algo que deixamos esquecido no caminho, volta
pra nós, com muito mais força.
O
que me resta é torcer e orar por essas crianças. Que ao crescerem, se desenvolvam
e libertem-se desse mal... Quanto ao nosso aluno, estamos nos esforçando
bastante!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar! Seu comentário estará sujeito a permanência!