A psicanálise vem para apontar problemas da mente humana. A primeira tentativa para se desvendar esse mistério, foi através de René Descartes, com "penso, logo, existo".... Freud vem e se questiona o que haveria no lugar dessa conjunção (logo). Quando penso, não existo, entretanto, quando existo não penso. Paradoxal? Não! Somos nós mesmos, seres humanos, entre razão e emoção... Mas:
* O que nos escapa disso tudo?
* O quando não somos nem um e nem outro?
* O que teria ENTRE o pensar e o existir?
Fácil de responder... O que há nesse espaço é o nosso inconsciente, desconhecido, porém, também alimentado por nós. É lá que guardamos sentimos, sensações, lembranças que achávamos que estavam esquecidos e, que por momentos, que nós também não percebemos ou não conseguimos explicar sobressaem do pensar e do existir, ou para uma leitura mais psicanalítica, ultrapassam o eu e o supereu, através do que chamamos de atos falhos. Que são na verdade, aqueles comentários inusitados (ou desnecessários), o que consideramos de "piti" ou até mesmo uma confusão na hora de falar, troca de palavras etc.
O que engraçado (ou assustador) agora é pensar nas pessoas completamente polidas, corretas, certinhas... Ora, se ele diz que todos são neuróticos e, os que não são portanto, são psicóticos, deixemos essa "loucura" fluir. Descobrimos conforme o tempo que para se livrar dos males da mente, é preciso ter uma certa liberdade. Se a reprimimos, desencadeamos as doenças atuais como depressão, surtos e fobias.
É importante lembrar que, em uma sociedade onde ninguém é uma ilha e precisamos da interação do outro para a sobrevivência, mesmo que seja virtual, pressupõe lidar com a sua subjetividade (inconsciente) e, também com a do outro. Entretanto, acredito que conhecer um pouco do assunto já possa levá-lo a uma reflexão sobre as interações e comportamentos que vem desempenhando nos últimos dias.
Essa discussão, abordei em um trabalho da pós graduação que todos que acompanham o blog sabem que estou cursando. Nela relacionava o inconsciente dos alunos e do profissional da educação (professor) dentro de um mesmo espaço (a sala de aula). É difícil, com certeza, mas se já temos os conceitos e os pressupostos, basta aplicá-los de maneira a compreender tais comportamentos.
O final do ano está chegando e a minha subjetividade também esteve em constante transformando ao longo do período (graças a Deus). As minhas interações foram mais vistas sob a perspectiva real das situações vividas por mim. Abri e fechei ciclos. Conquistei o que tinha me programado, mas algumas coisas ainda me perturbam.... DEVE SER ESSA MALDITA PESTE!!! Ah, não, são só os desejos, que como diz Lacan (1978) o objeto do desejo não é o objeto da necessidade, mas o objeto da pulsão eternamente faltante, para sempre perdido, mas incessantemente buscado.
TA AÍ GALERA, MINHA CONTRIBUIÇÃO COM A PSICANÁLISE PARA VOCÊS!!!