terça-feira, 29 de novembro de 2011

"Eu vim trazer a peste..."

A psicanálise vem para apontar problemas da mente humana. A primeira tentativa para se desvendar esse mistério, foi através de René Descartes, com "penso, logo, existo".... Freud vem e se questiona o que haveria no lugar dessa conjunção (logo). Quando penso, não existo, entretanto, quando existo não penso. Paradoxal? Não! Somos nós mesmos, seres humanos, entre razão e emoção... Mas:

* O que nos escapa disso tudo?
* O quando não somos nem um e nem outro?
* O que teria ENTRE o pensar e o existir?

Fácil de responder... O que há nesse espaço é o nosso inconsciente, desconhecido, porém, também alimentado por nós. É lá que guardamos sentimos, sensações, lembranças que achávamos que estavam esquecidos e, que por momentos, que nós também não percebemos ou não conseguimos explicar sobressaem do pensar e do existir, ou para uma leitura mais psicanalítica, ultrapassam o eu e o supereu, através do que chamamos de atos falhos. Que são na verdade, aqueles comentários inusitados (ou desnecessários), o que consideramos de "piti" ou até mesmo uma confusão na hora de falar, troca de palavras etc.

O que engraçado (ou assustador) agora é pensar nas pessoas completamente polidas, corretas, certinhas... Ora, se ele diz que todos são neuróticos e, os que não são portanto, são psicóticos, deixemos essa "loucura" fluir. Descobrimos conforme o tempo que para se livrar dos males da mente, é preciso ter uma certa liberdade. Se a reprimimos, desencadeamos as doenças atuais como depressão, surtos e fobias.

É importante lembrar que, em uma sociedade onde ninguém é uma ilha e precisamos da interação do outro para a sobrevivência, mesmo que seja virtual, pressupõe lidar com a sua subjetividade (inconsciente) e, também com a do outro. Entretanto, acredito que conhecer um pouco do assunto já possa levá-lo a uma reflexão sobre as interações e comportamentos que vem desempenhando nos últimos dias.

Essa discussão, abordei em um trabalho da pós graduação que todos que acompanham o blog sabem que estou cursando. Nela relacionava o inconsciente dos alunos e do profissional da educação (professor) dentro de um mesmo espaço (a sala de aula). É difícil, com certeza, mas se já temos os conceitos e os pressupostos, basta aplicá-los de maneira a compreender tais comportamentos.

O final do ano está chegando e a minha subjetividade também esteve em constante transformando ao longo do período (graças a Deus). As minhas interações foram mais vistas sob a perspectiva real das situações vividas por mim. Abri e fechei ciclos. Conquistei o que tinha me programado, mas algumas coisas ainda me perturbam.... DEVE SER ESSA MALDITA PESTE!!! Ah, não, são só os desejos, que como diz Lacan (1978) o objeto do desejo não é o objeto da necessidade, mas o objeto da pulsão eternamente faltante, para sempre perdido, mas incessantemente buscado.

TA AÍ GALERA, MINHA CONTRIBUIÇÃO COM A PSICANÁLISE PARA VOCÊS!!!

2 comentários:

  1. Nossa muito 10... eu gostei principalmente do deixar a loucura fluir, eu lembro que quando adolescente eu era muito tímida, retraída, e sabe sofria com isso, quando sai do interior de São Paulo para vir morar na capital muitas pessoas me questionavam por eu ser muito tímida, muito na minha, e isso me fazia um mal danado, de fato comecei a me deprimir, com o tempo foi melhorando, na faculdade foi que eu comecei a desenvolver meu lado mais extrovertido , ah e com um grupo de amigos que trabalhávamos com jovens na igreja, foi então que comecei a me libertar, hoje me olho e penso, meu Deus como eu mudei, quando eu falo que eu era tímida ninguém acredita...rsrs... Acho que hoje sou muito mais feliz na loucura de expressar quem sou, sem tantos medos de errar, e se errar levanta sacode a poeira e dá a volta por cima...RS

    PARABÉNS PELO TEXTO, E TENHA CERTEZA ESTOU TE SEGUINDO...RSRS ...NO BLOG...RSRS

    UM ABRAÇO.

    FERNANDA OLIVEIRA.

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  2. Olá Lora!!!
    Tudo bem???

    Então, ainda procuro esses perfis certinhos sabia, pois toda vez que conheço algum, com um pouquinho mais de contato, percebo as manias e esquizitices de cada um.
    É a psicanalise tenta, mas explicar o bicho homem é tarefa das duras...
    Quanto a mim, já me percebo incomum e tento viver administrando minhas doidices, muitos juram que sou centrado, sei lá, como diz nosso idolo "acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto".
    E mais um capitulo de Freud se passa~. Não sei se ele nos compreendeu, mas, nós, temos muita dificuldade para compreende-lo, "O sujeitinho estranho".

    Um beijo e inté Lora.

    Paulo Henrique

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