quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Não Opinião!

Diante de todos os acontecimentos grevistas e acadêmicos dos últimos dias, resolvi não me posicionar e, assistir, ora a complacência da sociedade, mediante a imposição das informações, ora o radicalismo das opiniões, onde cada um fala somente do que te compete ou do que entende e, assim parece compreender todos os assuntos do mundo, mas infelizmente, e digo infelizmente mesmo, não vi ninguém falando de uma maneira racional. Portanto, declaro a minha NÃO OPINIÃO!

Para a dialética e também nos estudos lógicos Aristotélicos, uma não opinião, também é uma opinião!

Minha Não Opinião vai no sentido de ser contra policiais dentro do campus da Universidade, vai contra estudantes usando como desculpa a presença dos policiais para depredarem prédios públicos, vai contra "urbanistas" (?) falando de espaços não ocupados da USP e assim, arranjando argumentos falaciosos para criticar a história toda da greve uspiana, vai contra jornalistas sensacionalistas comparando em seu blog estudavai contra manifestações ridículas de quem pouco se informou, mas como é só pressionar o "botão compartilhar", compartilha de ideias que não sabem plenamente do que se trata.

Agora que o foco não é mais a greve da USP, até mesmo porque eles "tamparam" esse buraco com a comemoração da Faculdade de Medicina da mesma instituição e a ocupação da polícia com suas UPPs no Estado do Rio de Janeiro (tudo isso por conta das comemorações que estão por vir em 2014 e 2016), na favela da Rocinha, parece que tudo se normalizou, que ninguém se revoltou, que não é mais preciso falar.

Assim, como em 2005, quando ingressei na Universidade e batemos de frente com uma greve e, "derrubamos" o reitor, não foi fácil, mas em nenhum momento, estudantes decidiram "quebrar" o prédio da reitoria. Usamos apitos, fizemos barulho, compreendemos como é importante batalhar por algo nosso, não só porque pagamos a Universidade, se quiséssemos estudar, mas porque entendíamos que não era necessário. Vivi de uma forma dependendo da instituição para me formar neste ano e em 2010 vivi dependendo do salário da instituição dentro da minha família. Meu marido trabalhando e nada de salário. Pois é, meus amigos, só faz greve quem tem culhão, só garganta não adianta de nada!

Nossas greves, do subúrbio do extremo leste de São Paulo não foram notícias da Globo, nem saiu no Estadão, nem ninguém postou em seu bloguinho e, se ainda assim aconteceu, parece que já foi esquecido. Não devemos só apoiar uma causa porque, talvez, ela seja parecida com nossa ideologia. Como disse Elis Regina "Viver é melhor que sonhar". E se já foi vivido, que tiremos uma lição: boa ou ruim... 

Que nossas experiências sirvam de amadurecimento para nossa vida, para nossos argumentos e, quando necessário para as nossas "Não Opiniões".

E tenho dito!  



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